O mundo todo tem vivenciado um contexto inédito de pandemia no ano de 2020, causada pelo novo coronavírus. Esse contexto implicou em diversas mudanças que precisaram ser feitas no mundo inteiro, inclusive no Brasil.
Uma dessas importantes mudanças foi a suspensão das aulas escolares a partir do mês de março, tanto na rede pública, quanto na privada.
Essa medida precisou ser tomada pelos governos estaduais e municipais quando a transmissão da COVID-19 começou a atingir um número alarmante de pessoas no país.
Desde então, muito tem se discutido a respeito da possível volta às aulas de modo presencial pelo país, tendo pessoas com argumentos contra essa liberação, e pessoas a favor do retorno ao presencial. No entanto, alguns fatores precisam ser levados em consideração acerca dessa discussão que não se resume apenas a concordar ou discordar, como mencionamos a seguir. Confira!
Cenário atual da pandemia no Brasil
No Brasil, soma-se, até o momento atual, mais de 5 milhões e meio de casos de COVID-19 e mais de 163 mil mortes causadas pelo agravamento do vírus.
Ainda que o país esteja tendo menos casos por dia e menos mortes causadas pela COVID-19, comparado aos meses anteriores, os cuidados, como o uso de máscaras, álcool 70%, lavagem correta das mãos e isolamento social, precisam ser diários.
Aumento do risco de transmissão
Tendo em vista a realidade atual da pandemia no Brasil, é preciso pensar na proteção de crianças e adolescentes frente à exposição e risco de contágio do vírus.
Além do risco de contágio pessoal, corre-se ainda o risco dessas crianças e adolescente que foram expostas ao vírus e que testaram positivo, transmitirem o vírus para outros familiares, gerando assim uma ampla rede de transmissão.
É por esse motivo que a Organização Mundial da Saúde (OMS) orientou possíveis cuidados a serem tomados quando as aulas voltarem para o presencial. Dentre esses cuidados estão: o distanciamento de 1 metro de cada aluno dentro e fora da sala de aula. Além disso, os professores também precisarão manter esse distanciamento mínimo.
Outra medida de proteção é a ventilação natural do ambiente aliada a limpeza e desinfecção diária do ambiente escolar. Além disso, cuidados básicos devem ser mantidos, como uso de máscaras por alunos acima de cinco anos e o uso de álcool em gel nas mãos.
A dificuldade do acesso à educação online
A discussão sobre o possível retorno das aulas de modo presencial também está relacionada com o fato de que muitas crianças e adolescentes possuem acesso precário às aulas e atividades online, quando não possuem acesso algum.
Esse cenário é mais comum para alunos que estudam na rede pública de ensino, que possui pouco recurso para manter uma educação à distância, concomitante a falta de recursos dos alunos em acessarem os materiais.
Voltar de modo presencial, nesse sentido, seria uma alternativa interessante para levar educação de forma igualitária para todos os alunos. No entanto, essa dificuldade de acesso de alunos da rede pública ao ensino à distância escancara um sistema de educação pública precário, além de nos mostrar quanta desigualdade social ainda existe no campo da educação.
Portanto, voltar às aulas ao modo presencial pode ser uma alternativa para cidades e estados que apresentem menos casos de COVID-19 e que possam realizar todos os cuidados necessários para evitar a transmissão do vírus.