Para quem faz parte do padrão social vigente, ações cotidianas como caminhar pelas ruas e ir para a escola são bastante naturais. Mas para algumas pessoas como as que possuem algum tipo de deficiência física ou mental, o ato de atravessar uma rua pode ser um desafio. Para tornar a vida social adequada a todos e não apenas a uma parte dela, é preciso realizar trabalhos contínuos de inclusão social.
No caso das escolas é ainda mais evidente a necessidade de tornar a educação acessível para todos os perfis de crianças. Mas, sem dúvida, é um grande desafio encontrar caminhos que sejam acessíveis e que realmente consigam tornar o ensino igualitário e de qualidade. Afinal, o respeito as diferenças tem sido o foco para uma sociedade mais justa para as próximas gerações.
Uma escola para todos
A partir da década de 1980, começaram a surgir pelo mundo vários movimentos em prol da inclusão social. Num primeiro momento as propostas focaram nos alunos com algum tipo de deficiência física ou mental, cuja educação era negligenciada por não conseguirem se adaptar aos modelos utilizados na época.
O aumento de crianças com deficiências em escolas regulares, foi efeito do entendimento de que ao lado de outras crianças elas conseguiam um desenvolvimento muito mais satisfatório. Mas era preciso criar novas metodologias de inclusão, para que nenhuma dessas crianças tivessem um desempenho precário.
Mas não são só métodos, mas também novas políticas e discussões, para transformar o aprendizado e a permanência de todos os alunos na escola inclusivo. Afinal, todas as crianças, deficientes ou não, têm os mesmos direitos a educação, saúde e afeto. Esse processo não é feito apenas para os alunos, mas deve também incluir os profissionais e pais para as práticas pedagógicas.
A escola inclusiva, tanto pública quanto privada, abre espaço para todas as crianças, com ou sem necessidades especiais. Além disso, é necessário observar que não são só as deficientes que precisam receber uma atenção especial, mas também as que estão incluídas em algum tipo de minoria como ocorre com negros, índios e transexuais.
Situações como o Aparthaid ocorrido na África do Sul e reproduzido em outros países e cidades, fazia as pessoas negras receberem um tratamento desigual por serem consideradas inferiores a brancas. Com isso, o racismo institucional ainda é uma realidade, mesmo com ações feitas ao longo das décadas para que isso fosse superado.
O desafio é possível
O primeiro passo para a inclusão social é dessegregar essas crianças ditas como “diferentes”. Afinal, a segregação traz exatamente o contrário do que se deseja, fazendo com essas crianças sejam rejeitadas, limitadas e em alguns casos mais radicais, eliminadas do convívio social. Em seguida, é preciso o entendimento de que, mesmo com deficiências, essas crianças possuem capacidades que precisam ser descobertas, evidenciadas e estimuladas.
Porém, o terceiro passo é considerado o mais difícil, que é a implantação do ensino para essas crianças, tal como é feito com as outras. Em geral, as escolas não estão preparada, sem oferecerem profissionais especializados, material didático e até mesmo espaço para todos. O conceito “especial” também é hoje considerado segregário, já que se entende como diferente e deficitário, enquanto o correto é um posicionamento para a diversidade, onde engloba as outras minorias.
E não são só os alunos chamados de especiais que se beneficiam com uma nova postura da escola ao lidarem com eles, mas todos ganham em conhecimento e respeito aos direitos. Cada aluno terá uma grande riqueza de aprendizado se aprende desde cedo a lidar com contradições, erros e colaboração, com estimulo a criatividade.
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