As escolas são instituições essenciais e de grande impacto para a formação humana, na sociedade ocidental. No entanto, para que esse papel seja bem desempenhado, é preciso despertar o interesse e o entusiasmo genuíno nos estudantes. Em tempos de quarentena, é possível manter alunos motivados?
Um estudante engajado está sempre envolvido no seu processo de aprendizagem. Ele se interessa e persiste com tarefas mais desafiadoras e é capaz de desenvolver e dominar habilidades. Contudo, atingir esse nível de motivação já não é uma tarefa fácil em salas de aulas lotadas. Muito menos através da tela de um computador.
O que dizem as teorias motivacionais?
No universo da Pedagogia, a motivação é estudada em duas vertentes:
Motivação Intrínseca: o aluno estuda e se desenvolve na aprendizagem porque tem interesse genuíno.
Motivação Extrínseca: fatores externos influenciam no processo de aprendizagem do estudante.
O cenário mais positivo para educação é aquele que o aluno se interessa e tem vontade de aprender. Dessa forma, o papel de um educador é, em qualquer situação, tentar desenvolver a motivação que vem de dentro: a intrínseca. Afinal, ela é a mais válida para o aprendizado.
Para fazer isso se tornar uma realidade, é preciso mostrar o sentido do conteúdo para os estudantes, além de aproximá-lo da realidade. Cada aluno tem o seu mundo e tentar adaptar uma matéria para o contexto de uma sala de aula inteira, de fato, não é uma tarefa simples.
No entanto, dados como idade, sexo e classe social de uma turma, por exemplo, podem facilitar essa contextualização.
A Teoria da Autodeterminação está muito relacionada com a motivação de um aluno. Isso porque ela explica a ligação entre autonomia e interesse. Estudantes que participam mais ativamente do seu processo de aprendizagem são mais motivados.
É preciso, então, oferecer possibilidades, caminhos e alternativas para os alunos encontrarem o seu interesse e a sua motivação.
Como motivar alunos em uma aula online?
Como explicamos, o trabalho de um educador já não é simples em uma sala de aula. Trabalhar com educação online, então, pode ser mais difícil ainda. É fundamental levar em consideração a realidade de cada estudante e tentar se adaptar.
De acordo com a Teoria da Autodeterminação, alunos se sentem mais motivados ao terem autonomia. Então, por que não variar as provas e trabalhos com novos formatos e mais de uma opção?
Deixar o aluno escolher entre temas, por exemplo, pode ser uma boa saída para despertar o interesse no assunto.
Em termos mais técnicos de uma aula online, é interessante que o professor opte por recursos visuais, para deixar a educação mais lúdica. Além disso, aulas muito longas, de fato, desmotivam e os alunos perdem o foco. Pense em intervalos e dinâmicas com mais perguntas e diálogos.
Dar abertura para estudantes se expressarem é uma boa forma de motivá-los.
Por fim, falamos que é preciso entender a realidade do próximo. Então, disponibilizar o material usado em classe é uma forma de colaborar com o aluno que não estava presente. Fora o envio e produção de materiais complementares.