Após meses de atividades a distância, muitos países estão, gradualmente, retomando as aulas presenciais, nos mais diversos níveis educacionais. Embora muitos deles já se preparem para uma possível “segunda onda” da Covid-19, o plano é manter os encontros nas instituições de ensino, sempre com cuidados redobrados.
Um bom exemplo são países como a Alemanha e a Inglaterra, que entraram em um novo “lockdown” , no final do mês de outubro (desta vez, parcial), proibindo o funcionamento de restaurantes e academias, mas incluindo as escolas na lista de serviços essenciais.
Ficou curioso para descobrir os locais de reabertura e os métodos adotados para que isso fosse possível? Então, basta continuar conosco até o final deste artigo.
Retomada das aulas presenciais pelo mundo
Enquanto países como o Brasil e os Estados Unidos continuam enfrentando quadros pouco otimistas frente à pandemia do novo coronavírus, o que resulta em aulas majoritariamente online, alguns lugares do mundo conseguiram reabrir as escolas com maior facilidade, como são os casos dos países:
1. China
A China, país considerado fonte do contágio da Covid-19, realizou a abertura de suas escolas de forma segmentada, uma cidade por vez. Em Wuhan, primeiro foco da doença, os estudantes do ensino médio retornaram às aulas ainda em maio, enquanto as demais faixas etárias somente no final de setembro.
Entre os métodos de prevenção e controle do vírus aplicados nas instituições, estão:
- Verificação de temperatura corporal diária;
- Dispensa de alunos com sintomas como febre e tosse;
- Pesquisas periódicas, por meio de um aplicativo, onde os alunos fornecem dados básicos para descobrirem se há chances de estarem contaminados.
2. Noruega
A Noruega deu início ao fechamento de suas escolas, em meados de março, retomando as aulas presenciais pouquíssimo tempo depois, em abril. Os primeiros a retornarem foram os alunos do jardim de infância, seguidos pelos do ensino fundamental e, por último, os do ensino médio, em maio.
As medidas de proteção contavam com:
- Limpeza diária das carteiras, feita pelos próprios estudantes;
- Turmas menores, com aproximadamente 15 alunos cada.
3. Nova Zelândia
Com abertura parcial, em 28 de abril (para filhos de trabalhadores em cargos essenciais, como médicos e enfermeiros), e retomada total em 14 de maio (para os demais estudantes), a Nova Zelândia foi um dos primeiros países a reestabelecer as aulas presenciais.
Suas medidas de afastamento social duraram apenas 33 dias, mostrando-se eficientes e extremamente precisas. O resultado? Nenhum caso da Covid-19 registrado no país nos três meses seguintes.
No entanto, vale lembrar que a Nova Zelândia voltou a contabilizar infectados em outubro, zerando-os novamente na sequência.
4. Alemanha
A Alemanha começou a reabertura de suas escolas ainda no mês de maio, porém, com aulas presenciais apenas para o primário. No entanto, até setembro, todas as demais faixas etárias já estavam liberadas para retornarem às instituições de ensino de todo o país.
Mesmo com uma atual “segunda onda” da Covid-19 na Europa, o país decidiu manter as aulas e redobrar os cuidados, que incluem:
- Turmas reduzidas, com no máximo 10 alunos;
- Carteiras individuais;
- Distanciamento entre fileiras demarcado por fitas.
Existe algum país onde as aulas presenciais não foram interrompidas?
Sim, esse foi o caso da Suécia, que manteve abertas não apenas as creches, mas também todas as escolas primárias do país.
De acordo com um relatório de pesquisadores da Agência de Saúde Pública da Suécia (Folkhälsomyndigheten), divulgado no próprio site do órgão, manter as instituições abertas não teria impacto significante sobre o número de casos confirmados da doença no país.
O que diz a OMS sobre a reabertura de escolas a nível mundial?
A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou no mês de setembro um guia para a retomada das aulas presenciais em todo o mundo. Entre as recomendações, encontram-se:
- Distanciamento dentro e fora das salas de aula;
- Ventilação adequada em todos os ambientes;
- Uso obrigatória de máscara, de acordo com a faixa etária;
- Incentivo de práticas de higiene constantes;
- Monitoramento de casos da Covid-19 entre todos os frequentadores das instituições, sejam eles alunos, pais, professores ou demais funcionários.
Ainda faz parte do protocolo a recomendação de que os governantes priorizem a abertura das escolas, deixando de lado momentaneamente a de restaurantes, bares e academias.